Homens brancos são superiores aos demais ou um
orgulho egocêntrico radical? Isso ainda acontece?
Universidade
Estadual do Rio Grande do Norte – UERN
Campus: Zona
Norte de Natal
Curso: Ciências
da Religião
Disciplina:
Produção Textual
Professora:
Araceli Sobreira
Aluno: Umila
Morais
Natal
2014
No
século XlX, aproximadamente entre 1850 a 1880 conhecidos como a idade moderna,
eram vistos zoos de animais e humanos em que não havia diferença entre homens e
animais. Um dos destaques desses espetáculos era o vendedor de animais
selvagens Karl Hagenbeck que não demoraria muito para ser vendedor de
espetáculo de pessoas. A gênese disso começou na Europa, por eles se acharem
uma raça superior. Possivelmente o filme “o elo perdido” foi baseado nessas
atrocidades. O episódio “Man to Man” conta a estória de um antropologista
escocês, James Dodd, que para efetuar um estudo sobre o elo perdido entre os
macacos e o homem, vai à África central em 1870 com o intuito de capturar um
par nativo. Essa raça ainda não teria contato algum com a o homem moderno, um
modelo ideal para suas pesquisas do que seria o homem primitivo. A expedição era
comandada por Elena, uma mulher que vive do tráfico de animais das florestas da
África. Essa caravana foi montada para capturar tais pigmeus em que, após serem
capturados, eles foram transportados de barco até a Europa, onde os estudos
sobre a espécie foram realizados.
Não
existe classe superior entres os homens no que diz respeito a sua humanidade.
Somos todos iguais. Quando o antropólogo escocês, James Dodd diz: “achei o elo perdido”, ele não tinha achado o
elo perdido, porque não existe nenhum mundo encantado de homens. O que esse
antropologista, com sua equipe, tinha encontrado era tão somente um povo com
sua cultura deferente. Como seres humanos eles tinham sentimento, vontade e
desejos como qualquer outro.
No texto sobre zoológico humano não diferencia
do filme porque o filme, tudo indica que foi baseado naquelas aberrações aonde
os seres humanos eram tratados como animais para espetáculos para o ego humano.
Os animais não devem ser tratados com tortura, muito menos os humanos. Eles
eram enjaulados como feras ou até mesmo uma espécie de outro mundo não levando
em conta a cultura, parentela e que eles eram seres com inteligência
e sentimento, ignorando completamente sua cultura e o seu meio social.
O que me deixou mais estarrecido foi quando Frasier e Alexander
começaram a desconfiar que Likola estivesse grávida a ponto de dizerem: “temos
que encontrar um meio de fazer com ela aborte”. Claro que eles iriam fazer sem
que ninguém viesse saber. Já não bastava às humilhações, agora um assassinato
para não colocar seus estudos e pesquisas em descréditos. Tudo isso não era que
os brancos eram superiores, mas o egocentrismo radical e selvagem. O
radicalismo era tão grande que pessoas e mais pessoas morreram por torturas e
doenças. No filme foi Toko, mas na realidade são muitas as que morreram, mas não
posso imaginar quantas perderam suas vidas sem saberem o porquê de tudo aquilo.
Chamam isso de descriminação racial, porem não posso concordar com o termo, no
meu ponto de vista deveria ter um outro nome para tal ação.
Não pude confrontar o
texto com filme, porque ambos se associam ou assemelham, mas confrontei com
minha própria compreensão e cheguei à conclusão de que se existia alguém
selvagem, não eram os nativos capturados e enjaulados e sim os brancos que com
suas selvagerias desumanas torturavam gentes inocentes e indefesas se achando
superiores e elas. Na verdade somos todos iguais diante do próximo e de Deus.
Esse tipo de barbárie e
selvageria ainda existe quando homens, principalmente mulheres são enganadas
por cafetões para trabalhar, de forma clandestina, na Europa e ao chegarem lá
são presas e expostas para a prostituição. Essas pessoas são capturadas por
meios de enganos e atraídas para armadilhas. Eles oferecem dinheiro, fama,
posição e as fezes riquezas, mas na verdade as jaulas que prenderam os pigmeus
e os indígenas ainda estão abertas. Os mesmos sofrimentos que ocorriam com Toko
e Likola acontecem com pessoas no mundo. Assim como Toko morreu, há muitos que
morrem sem poder voltar a sua terra natal, e as que conseguem, como Likola,
voltam sofridas e arrasadas por tudo que passaram.
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