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terça-feira, 4 de agosto de 2015

O Talmud


                                  O Talmud

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO TALMUD

Resumo
Este trabalho tem como objetivo cooperar com os demais estudiosos e pesquisadores que estudam as religiões, e o talmude é uma partícula no campo religioso. O talmude é uma compilação de textos Sagrado dos judeus, um registro das discussões rabínicas que interpreta à lei, ética, costumes e história do judaísmo. É um texto central para o judaísmo rabínico. Esta compilação contém dois componentes: a Mishná (c. 200 d.C.), ela é  a interpretação da Lei, ou seja, do pentateuco oral judaica; e o Gemará (c. 500 d.C.), uma discussão da Mishná e dos escritos tanaíticos que frequentemente abordam outros tópicos. O Mishná foi redigido pelos mestres chamados Tannaim ("tanaítas"), termo que deriva da palavra hebraica que significa "ensinar" ou "transmitir uma tradição". Os tanaítas viveram entre o século I e o III d.C. A primeira codificação é atribuída a Rabi Akiva (50130), e uma segunda, a Rabi Meir (entre 130 e 160 d.C.), ambas as versões tendo sido escritas no atual idioma aramaico, ainda em uso no interior da Síria. Os termos Talmud e Gemará são utilizados frequentemente de maneira intercambiável. A Gemará é a base de todos os códigos da lei rabínica, e é muito citada no resto da literatura rabínica; já o Talmude também é chamado frequentemente de Shas (hebraico), uma abreviação em hebraico de shisha sedarim, as "seis ordens" da Mishná.
Palavras-chave: Aprender, Compreender e Esclarecer.

Títulos das seções:

1-    A ORIGEM E O DESENVOLVIMENTO DA LEI ORAL
1.1Explicando o desenvolvimento da lei oral
2-    Razões para uma lei oral
3-    A Mishná
4-    Divisão da Mishná
5-    Vejamos essas ordens
5.1 Ordem das Sementes
5.2 Ordem das Datas Comemorativas
5.3 Ordens sobre as Mulheres
5.4 Ordens de Responsabilidade Civil
5.5 Ordem dos Santos
5.6 Ordem da Purificação
6-    A Gemará
7-    A Sugya ou suguiá

Introdução

Este não é uma introdução a compilação ao Talmud, mas uma introdução ao estudo do mesmo. Se quaisquer pesquisador estivesse escrevendo uma introdução ao Talmud, um ano seria pouco para tratar dessa extensa obra, porque além de ampla é de difícil interpretação.
Como a fabulosa abra é dividida em dois textos a Mishná e a Gemará se torna a sua compreensão mais complexa. Na verdade, por quase toda a história do Talmud estudo, a única maneira de aprender "como aprender". Durante centenas de anos tem sido chamado de "mar do Talmud". As suguiá são também apresentadas como pequenos textos de interpretação da Gemará.
Hoje ao estudar o talmude compreendemos como os judeus compreendem a Torá e vivem pelo o talmude e não diretamente perla lei escrita por Moisés. Nosso desejo é esclarecer o que é o talmude e porque de sua oregem.

DESENVOLVIMENTO
O Talmude: (estudar ou aprender) é um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e história do judaísmo, escrito em hebraico e aramaico que cobre os significados e as interpretações das porções legais do velho testamento e foi estendido um pouco depois de Esdras, no período de 400 a.C. até 500 aproximadamente d.C. É um texto central para o judaísmo rabínico, perdendo em importância somente para bíblia. No desenrolar do estudo compreenderemos porque foi preciso levantar essa coligida de código estatutário no judaísmo. O talmude se compõe de dois componentes: a Mishnah (mixná) e a gemara (guemara).
1 A ORIGEM E O DESENVOLVIMENTO DA LEI ORAL:
            Alguns judeus tradicionais acreditavam que Deus tinha dado uma segunda lei a Moisés adicionando a primeira; outros não acreditam. Essa lei seria oral, isto é, além da lei escrita ainda existia a oral que explicava a escrita para o povo  da qual originou o Talmude.  Alguns estudiosos não acreditam nessa origem , mas insistem que teve seu início e desenvolvimento depois de Esdras.
1.1 Explicando o desenvolvimento da lei oral   
Finalmente, foi necessário compilar um resumo de todos os ensinamentos essenciais de gerações precedentes e também fazer de uma maneira para que gerações futuras tivessem acesso ao tesouro imenso de pensamento, sentimento religioso, sabedoria de orientação e inspiração. Essa compilação é conhecida como Talmud, uma reposição da lei oral. O povo judeu o considera em segundo lugar depois das escrituras. O Talmud é um pedaço de literatura reorganizado como o máximo da criação nacional e religiosa, e continua ter uma influência profunda sobre o desenvolvimento da visão mundial judaica. O talmude é a fonte  de onde se deriva a lei judaica; os judeus ortodoxos estão na obrigação de segui-lo como regra de fé e prática. 
            Quanto seu conteúdo o talmude contem o halakhah , que são decretos legais e preceitos acompanhados de discussões elaboradas em virtudes das quais os juízes chegaram às decisões; e o haggadah, são aquelas que não tem qualquer conteúdo legal, sendo de natureza mais exegética, homilética, ética ou histórica.
2 RAZÕES PARA UMA LEI ORAL
            Com o fim dos profetas depois do retorno do exílio na babilônia e com o crescimento contínuo da complexidade da vida em Israel e seus relacionamentos com o mundo de fora, apareceu uma necessidade de explicar melhor as leis do Pentateuco (os primeiros cinco livros no Velho Testamento). A primeira intenção, era que a lei oral ajudasse as pessoas a obedecerem a Palavra de Deus. A lei oral contida no Talmud tinha duas funções: primeiro, provia uma interpretação da Lei escrita - explicando o que ela significava. De acordo com os rabinos, isso era necessário já que a lei oral possibilitava que as pessoas realmente vivessem a lei escrita. O segundo aspecto da lei oral é que ela modifica e procura adaptar a lei escrita para caber em novas circunstâncias e condições. A lei oral deve fazer a lei escrita um documento usável e atual de geração a geração. Sem a lei oral a lei escrita se tornaria desatualizada. No entanto, a lei oral é necessária para saber o que não fazer e também para enfatizar o que é a boa devoção e lealdade judaica.
            É verdade que toda geração tem que encarar novas condições sociais, políticas e econômicas, que faz ser necessária uma aplicação diferente da Palavra de Deus. Mas a Palavra de Deus em si não pode ser mudada para acomodar um desejo pessoal ou para interpretar novos problemas em épocas diferentes.








Figura 1 os rabinos Judeus discutindo o Talmude
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:J_Scheich_Die_Talmud-Stunde.



       3 A MISHNÁ
            É uma compilação de opiniões e debates legais. As declarações contidas na Mishnah são tipicamente concisas, registrando as opiniões breves dos rabinos debatendo algum tópico, ou registram apenas um veredicto anônimo, que aparentemente representava uma visão consensual. Os rabinos registrados na mishnah  são chamados de Tannaim . A lei oral que já existia  pelo fins dos séculos redigida pelos mestres Tanaítas, termo que deriva da palavra hebraica que significa “ensinar” ou “transmitir” . Os tanaítas viveram entre os século 1° ao 3° d.C. A primeira codificação é atribuída a Rabi Akiva (50 – 130 ); e uma segunda, a Rabi Meir (130 – 160 ) d.C. O rabino Judá o príncipe utilizou desse material juntamente com outras porções , em sua edição da Mishná. A coleção mais antiga da Mishná pode ser atribuída ao tempo das famosas escolas de Hilel e Samai que floreceram no período do segundo templo de Jerusalém.













4             DIVISÃO DA MISHNÁ

A Mishná se dividi segundo três princípios: (1) tema; (2) ordem bíblico; e (3) divisões artificiais. Além dessas divisões a Mishná se encontra em seis ordens principal (chamado Sedharïm) que contem o material de sessenta tratados legais. As principais categorias são subdivididas em tratados, capítulos e parágrafos.
5 VEJAMOS ESSAS ORDENS
5.1 Ordem das Sementes
Trata das leis agrícolas  e deveres religiosos relacionados com o cultivo da terra, incluindo mandamentos concernentes ao tributo sobre os produtos agrícolas que devia ser pago aos sacerdotes, aos levitas e aos pobres.
5.2 Ordem dos Santos
Estabelece as diversas  festividades do calendário religioso, incluindo a observância do sábado, com as cerimônias e sacrifícios que deveriam ser apresentados em tais dias.
5.3 Ordens sobre as Mulheres
(mulheres) aborda as leis relativa ao matrimônio, ao divórcio, ao casamento levirato, ao adultério e as regulamentações para os nazireus .
5.4 Ordens de Responsabilidade Civil
Trata da legislação civil, das transações comerciais de diferentes espécies, do modo de proceder legal, além de uma coletânea de máximas éticas dos rabinos.
5.5 Ordem dos santos
Apresenta a legislação referente aos sacrifícios, aos primogênitos, aos animas limpos e imundos, juntamente com uma descrição do templo de Herodes.
5.6 Ordem da Purificação
Estabelece as leis que se referem à pureza e a impureza levíticas, às pessoas e objetos puros e impuros, e às purificações.
Em todas essas divisões, o propósito do rabino Judá, o Príncipe, foi diferenciar entre a lei corrente e a lei obsoleta, bem como entre as práticas civis e as práticas religiosas.

6 A GUEMARÁ
Guemará - (também pronunciada Guemora, e raramente Guemorra) (do aramaicoגמרא gamar; literalmente, "estudar" ou "aprender por tradição") é a parte do talmude que contém os comentários e análises rabínicas da mishná. Depois da publicação da Mishná pelo Judá Hanasi, conhecido como "o Príncipe" (cerca do ano 200  d.C.), o seu trabalho foi estudado exaustivamente geração após geração por rabinos na Babilônia e na terra de Israel. As suas discussões foram escritas numa série de livros que se tornaram a Guemará, a qual quando combinada com a Mishná constituiu o Talmude.
Existem duas versões da Guemará. Uma versão foi compilada por sábios de Israel, primeiramente das academias de Tibérias e Cesáreas, que foi publicada entre os anos 350 e 400 da Era Comum. A outra versão por sábios da Babilônia, inicialmente das academias de Sura, Pumbidita e Mata Mehasia, foi publicada por volta do ano 500 da Era Comum. Por convenção, uma referência à "Guemará" ou "Talmude", sem qualquer outra qualificação, refere-se à versão babilónica.
A Guemará e a Mishná juntas compõem o Talmude. O Talmude então compreende dois componentes: a Mishná – o texto central; e a Guemará – análise e comentário que completa o Talmude.
Num sentido mais restrito, a palavra Guemará refere-se ao domínio e transmissão da tradição existente, ao invés de sevará, que significa a dedução de novos resultados através da lógica. Ambas as atividades estão representadas na "Guemará" como um trabalho literário. O termo "Guemará" usado para a atividade de estudo é muito mais remoto que o seu uso para denominar qualquer texto: assim o Pirke Avot, um trabalho que precede em muito tempo a composição do Talmude, recomenda começar a Mishná com 10 anos e a "Guemará" com 15 anos de idade. Os rabinos da Mishná são conhecidos como Tanaim; enquanto os rabinos da Guemará são referidos como Amoraim.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo desse trabalho foi proporciona ao leitor uma melhor compreensão e aprendizagem relacionada ao talmude e para chegar a esse trabalha foi preciso muita leitura em materiais voltados ao assunto o qual trouxe um grande proveito nessa partícula da religião e que muito me favoreceu não só de conhecimento, mais também de compartilhar com outros que não conhece o assunto. O ponte intrigante é que eu não conhecia que os rabinos judeus formaram o talmude tão somente para traduzir a Torá, mais é porque eles queria alterar a lei escrita por Moisés e isso não é permitido, como hoje eles vivem pelo talmude e a torá fica em segundo plano, eles podem alterar o talmude.
Além do estudo a introdução ao talmude, se pode estudar os midrash que são interpretações de historias bíblicas.

 




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