O significado do nome de algumas religiões
Panteísmo é uma crença que
identifica o universo
(em grego: pan,
tudo) com Deus (em
grego: temos).A reflexão deve partir de um conhecimento da realidade divina e depois especular sobre a relação entre o divino e o não divino. A este ponto de vista chama-se panteísmo acósmico. Inversamente, quando a reflexão começa de uma percepção de toda realidade finita, das entidades passíveis de mudança e é dado o nome Deus a sua totalidade, denomina-se panteísmo cósmico.
Etimologicamente falando, o termo panteísmo deriva das palavras gregas pan ("tudo") e teísmo ("crença em deus"), sustentando a ideia da crença em um Deus que está em tudo, ou a de muitos deuses representados pelos múltiplos elementos divinizados da natureza e do universo.
Xintoísmo (em japonês: 神道, transl. Shintō) é o
nome dado à espiritualidade tradicional do Japão e dos japoneses, considerado também
uma religião pelos estudiosos ocidentais. A palavra Shinto
("Caminho dos Deuses") foi adotada do chinês escrito (神道),[1] através da combinação de dois kanjis: "shin"
(em japonês: 神?), que significa
"deuses" ou "espíritos" (originalmente da palavra chinesa shen); e "tō" (em japonês: 道?), ou
"do", que significa "estudo" ou "caminho filosófico"
(originalmente da palavra chinesa tao). Os termos yamato-kotoba
(大和言葉)
e Kami no michi costumam ser usados de maneira semelhante, e apresentam
significados similares.
O xintoísmo incorpora práticas espirituais derivadas de diversas
tradições pré-históricas
japonesas, locais e regionais, porém não surgiu como instituição religiosa
formalmente centralizada até a chegada do budismo, confucionismo e daoísmo no país, a partir
do século VI.[3] O budismo
gradualmente se adaptou, no Japão, à espiritualidade nativa, como por exemplo
na inclusão do kami, componente da
crença xintoísta, entre os bodisatvas (bosatsu).
Antropologia da religião
A antropologia das religiões é a forma que você
religião do Henrique Gregoriano e antropólogos .Um dos principais problemas na
antropologia da religião é a definição da própria religião. Ao mesmo tempo os
antropólogos acreditam que certas práticas e crenças religiosas eram mais ou
menos universal a todas as culturas, em algum momento do seu desenvolvimento,
tais como a crença em espíritos ou fantasmas, o uso de magia como um meio de controlar o supernatural, o uso de adivinhação como um meio de
descobrir conhecimento oculto, e os resultados de rituais tal como oração e sacrifício como um meio de
influenciar o resultado de vários eventos através de uma agência sobrenatural,
às vezes sob a forma de xamanismo ou culto aos
antepassados. De acordo com Clifford Geertz, religião é "(1) um sistema de
símbolos que atua para (2) estabelecer poderoso, penetrante, e modos de longa
duração e motivações nos homens por (3) formulação de concepções de ordem geral
da existência e (4) vestindo essas concepções com tal aura de factualidade que
(5) os humores e motivações parecem singularmente realistas" (Geertz 1966)[1]. Hoje, o debate de
antropólogos, e muitos rejeitam a validade inter-cultural dessas categorias
(muitas vezes vê-los como exemplos de primitivismo europeu). Os
antropólogos consideraram diversos critérios para a definição de religião –
como uma crença no sobrenatural ou a confiança de ritual – mas alguns afirmam
que estes critérios são universalmente válidos.
Anthony F.C. Wallace propõe quatro
categorias de religião.
Teísmo (do grego Théos,
"Deus") é uma crença na existência de deuses, seja um ou mais de
um, no caso de mais de um, pode existir um supremo. Teísmo não é religião, pois
não se trata de um sistema de costumes, rituais e não possui sacerdotes ou uma
instituição. Teísmo é apenas o nome para classificar a opinião segundo a qual
existe ou existem deuses. Algumas religiões são teístas, outras são deístas,
panteístas, etc. Então, podemos dividir o Teísmo em:
- Monoteísmo: crença em um só Deus.
- Politeísmo: crença em vários deuses.
- Henoteísmo: crença em vários deuses, mas com um supremo a todos.
De acordo com a tradição filosófica, é considerado conhecimento uma crença que seja verdadeira e adequadamente justificada. Dessa perspectiva, dizer que acredita em algo sem alegar que isso constitua conhecimento não é contraditório; é apenas incomum, já que normalmente se supõe que as pessoas com determinada crença afirmem que ela seja necessariamente verdadeira (e a parte da justificação costuma ser simplesmente esquecida).
Teísmo Aberto é a teologia que nega a onipresença, a onipotência e a onisciência de Deus.
Seus defensores apresentam outra definição onde afirmam pretender uma reavaliação do conceito da onisciência de Deus, na qual se afirma que Deus não conhece o futuro completamente, e pode mudar de idéia conforme as circunstâncias.
Afirmam também, alguns defensores, que o termo “Todo-poderoso” não pode ser extraído do contexto bíblico pois, segundo eles, a tradução original da palavra do qual é traduzida tal expressão havia se perdido ao longo dos séculos.
O deísmo é uma postura filosófica que admite a existência de um Deus criador, mas questiona a ideia de revelação divina.[1] É uma doutrina que considera a razão como uma via capaz de nos assegurar da existência de Deus, desconsiderando, para tal fim, a prática de alguma religião denominacional.[1]
O deísmo pretende enfrentar a questão da existência de Deus, através da razão, em lugar dos elementos comuns das religiões teístas tais como a "revelação divina", os dogmas e a tradição. Os deístas, geralmente, questionam as religiões denominacionais e seu(s) deus(es) dito(s) "revelado(s)", argumentando que Deus é o criador do mundo, mas que não intervém, nos afazeres do mesmo, embora esta posição não seja estritamente parte da filosofia deísta. Para os deístas, Deus se revela através da ciência e as leis da natureza.
Religião da Humanidade
Templo Positivista em Porto Alegre
A Religião da Humanidade é o sistema religioso criado pelo
francês Augusto Comte em 1854 como coroamento da carreira filosófica, em que procurou estabelecer as
bases de uma completa espiritualidade humana, sem elementos extra-humanos ou
sobrenaturais. A Religião da Humanidade também é conhecida como "Positivismo
religioso".
O jainismo ou jinismo é uma
das religiões mais antigas da Índia,
juntamente com o hinduísmo e o budismo,
compartilhando com este último a ausência da necessidade de Deus como criador ou figura
central. Considera-se que a sua origem antecede o Bramanismo,
embora seja mais provável que tenha surgido na sua forma actual no século V a.C.,
em resultado da acção religiosa do Mahavira.Vista durante algum tempo pelos investigadores ocidentais como uma seita do hinduísmo ou uma heresia do budismo, devido à partilha de elementos comuns com estas religiões, o jainismo é contudo um fenómeno original. Ao contrário do budismo, o jainismo nunca teve um espírito missionário, tendo permanecido na Índia, onde os jainas constituem hoje cerca de quatro milhões de crentes. Pequenas comunidades jainas existem também na América do Norte e na Europa, em resultado de movimentos migratórios. A palavra jainismo tem as suas origens no verbo sânscrito jin que significa "conquistador". Os seus adeptos devem combater, através de uma série de estágios, as paixões de modo a alcançar a libertação do mundo.
Sikhismo
O sikhismo ou siquismo é uma religião monoteísta fundada em fins do século XV no Punjab (região atualmente dividida entre o Paquistão e a Índia) pelo Guru Nanak (1469-1539).
Habitualmente retratado como o resultado de um sincretismo entre
elementos do hinduísmo e do islão (o sufismo), o sikhismo
apresenta contudo elementos de originalidade que obrigam a um repensar desta
visão redutora.
Judaísmo
Judaísmo (em
hebraico יהדות, transl. Yahadút) é o nome dado à religião
do povo judeu, a
mais antiga das três principais religiões monoteístas
(as outras duas são o cristianismo e o islamismo).Surgido da religião mosaica, o judaísmo, apesar de suas ramificações, defende um conjunto de doutrinas que o distingue de outras religiões: a crença monoteísta em YHWH (às vezes chamado Adonai ("Meu Senhor"), ou ainda HaShem ("O Nome") - ver Nomes de Deus no Judaísmo) como criador e Deus e a eleição de Israel como povo escolhido para receber a revelação da Torá que seriam os mandamentos deste Deus. Dentro da visão judaica do mundo, Deus é um criador ativo no universo e que influencia a sociedade humana, na qual o judeu é aquele que pertence a uma linhagem com um pacto eterno com este Deus.
Há diversas tradições e doutrinas dentro do judaísmo, criadas e desenvolvidas conforme o tempo e os eventos históricos sobre a comunidade judaica, os quais são seguidos em maior ou em menor grau pelas diversas ramificações judaicas conforme sua interpretação do judaísmo. Entre as mais conhecidas encontra-se o uso de objetos religiosos como o quipá, costumes alimentares e culturais como cashrut, brit milá e peiot ou o uso do hebraico como língua litúrgica.
Ao contrário do que possa parecer, um judeu não precisa seguir necessariamente o judaísmo ainda que o judaísmo só possa ser necessariamente praticado por judeus. Hoje o judaísmo é praticado por cerca de treze milhões de pessoas em todo o mundo (2007).[1] Da mesma forma, o judaísmo não é uma religião de conversão, efetivamente respeita a pluralidade religiosa desde que tal não venha a ferir os mandamentos do judaísmo. Alguns ramos do judaísmo defendem que no período messiânico todos os povos reconhecerão YHWH como único Deus e submeter-se-ão à Torá.
hinduísmo
O hinduísmo é uma tradição religiosa[1] que se originou no subcontinente indiano. Frequentemente é chamado de Sanātana Dharma (सनातन धर्म) por seus praticantes, frase em sânscrito que significa "a eterna (perpétua) dharma (lei)"[2]
Num sentido mais abrangente, o hinduísmo engloba o bramanismo, a crença na "Alma Universal", Brâman; num sentido mais específico, o termo se refere ao mundo cultural e religioso, ordenado por castas, da Índia pós-budista.[3] Entre as suas raízes está a religião védica da Idade do Ferro na Índia e, como tal, o hinduísmo é citado frequentemente como a "religião mais antiga",[4] a "mais antiga tradição viva"[5] ou a "mais antiga das principais tradições existentes".[6][7][8] É formado por diferentes tradições e composto por diversos tipos, e não possui um fundador.[9] Estes tipos, sub-tradições e denominações, quando somadas, fazem do hinduísmo a terceira maior religião, depois do cristianismo e do islamismo, com aproximadamente um bilhão de fiéis, dos quais cerca de 905 milhões vivem na Índia e no Nepal.[10] Outros países com populações significativas de hinduístas são Bangladesh, Sri Lanka, Paquistão, Malásia, Singapura, ilhas Maurício, Fiji, Suriname, Guiana, Trinidad e Tobago, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos.
O vasto corpo de escrituras do hinduísmo se divide em shruti ("revelado") e smriti ("lembrado"). Estas escrituras discutem a teologia, filosofia e a mitologia hinduísta, e fornecem informações sobre a prática do dharma (vida religiosa). Entre estes textos os Vedas e os Upanixades possuem a primazia na autoridade, importância e antiguidade. Outras escrituras importantes são os Tantras, os Ágamas, sectários, e os Puranas (AFI: [Purāṇas]), além dos épicos Maabárata (AFI: [Mahābhārata]) e Ramáiana (AFI: [Rāmāyaṇa]). O Bagavadguitá (AFI: [Bhagavad Gītā]), um tratado do Maabárata, narrado pelo deus Críxena (Krishna), costuma ser definido como um sumário dos ensinamentos espirituais dos Vedas.[11]
Os hindus acreditam num espírito supremo cósmico, que é adorado de muitas formas, representado por divindades individuais. O hinduísmo é centrado sobre uma variedade de práticas que são vistos como meios de ajudar o indivíduo a experimentar a divindade que está em todas as partes, e realizar a verdadeira natureza de seu Ser.
A teologia hinduísta se fundamenta no culto aos avatares (manifestações corporais) da divindade suprema, Brâman. Particular destaque é dado à Trimurti - uma trindade constituída por Brama (Brahma), Xiva (Shiva) e Vixnu (Vishnu). Tradicionalmente o culto direto aos membros da Trimurti é relativamente raro - em vez disso, costumam-se cultuar avatares mais específicos e mais próximos da realidade cultural e psicológica dos praticantes, como por exemplo Críxena (Krishna), avatar de Vixnu e personagem central do Bagavadguitá.
Maomé
Maomé (em árabe: ? مُحَمَّد, transl. Muḥammad ou Moḥammed; Meca, c. 570 — Medina, 8 de Junho de 632) foi um líder religioso e político árabe. Segundo a religião islâmica, Maomé é o mais recente e último profeta do Deus de Abraão.
Para os muçulmanos, Maomé foi precedido em seu papel de profeta por Jesus, Moisés, Davi, Jacob, Isaac, Ismael e Abraão. Como figura política, ele unificou várias tribos árabes, o que permitiu as conquistas árabes daquilo que viria a ser um império islâmico que se estendeu da Pérsia até à Península Ibérica.
Não é considerado pelos muçulmanos como um ser divino, mas sim, um ser humano; contudo, entre os fiéis, ele é visto como um dos mais perfeitos seres humanos.[carece de fontes]
Nascido em Meca, Maomé foi durante a primeira parte da sua vida um mercador que realizou extensas viagens no contexto do seu trabalho. Tinha por hábito retirar-se para orar e meditar nos montes perto de Meca. Os muçulmanos acreditam que em 610, quando Maomé tinha quarenta anos, enquanto realizava um desses retiros espirituais numa das cavernas do Monte Hira, foi visitado pelo anjo Gabriel que lhe ordenou que recitasse uns versos enviados por Deus, e comunicou que Deus o havia escolhido como o último profeta enviado à humanidade. Maomé deu ouvidos à mensagem do anjo e, após sua morte, estes versos foram reunidos e integrados no Alcorão, durante o califado de Abu Bakr.
Maomé não rejeitou completamente o judaísmo e o cristianismo, duas religiões monoteístas já conhecidas pelos árabes. Em vez disso, informou que tinha sido enviado por Deus para restaurar os ensinamentos originais destas religiões, que tinham sido corrompidos e esquecidos.
Muitos habitantes de Meca rejeitaram a sua mensagem e começaram a persegui-lo, bem como aos seus seguidores. Em 622 Maomé foi obrigado a abandonar Meca, numa migração conhecida como a Hégira (Hijra), tendo se mudado para Yathrib (atual Medina). Nesta cidade, Maomé tornou-se o chefe da primeira comunidade muçulmana. Seguiram-se uns anos de batalhas entre os habitantes de Meca e Medina, que se saldaram em geral na vitória de Maomé e dos seguidores. A organização militar criada durante estas batalhas foi usada para derrotar as tribos da Arábia. Por altura da sua morte, Maomé tinha unificado praticamente o território sob o signo de uma nova religião, o islão.
Religiões Chinesas
O Confucionismo e o Taoísmo são consideradas
religiões chinesas, mas ambas começaram como filosofias. Confúcio, do mesmo
modo que seus sucessores, não deu importância aos deuses e se voltou para a
ação. Por sua vez, os taoístas apropriaram-se das crenças populares chinesas e
da estrutura do budismo. Como conseqüência, surgiu uma corrente separada do
"taoísmo religioso", diferente do "taoísmo filosófico" que
se associava aos antigos pensadores chineses Lao-Tsé e Zuang-Zi.
O budismo chegou à China pela primeira vez durante
o final da dinastia Han, arraigou-se rapidamente e templos como o da fotografia
foram construídos. Os comunistas eliminaram a religião organizada ao tomarem o
poder em 1949 e a maior parte dos templos foi reorganizada para usos seculares.
A Constituição de 1978 restaurou algumas liberdades religiosas e, atualmente,
existem grupos budistas e cristãos ativos na China.
História
Desde tempos remotos, a religião chinesa consistia na veneração aos deuses liderados por Shang Di ("O Senhor das Alturas"), além de venerações aos antepassados. Entre as famílias importantes da dinastia Chou, este culto era composto de sacrifícios em locais fechados. Durante o período dos Estados Desunidos (entre 403 e 221 a.C.), os estados feudais suspenderam os sacrifícios. Na dinastia Tsin, e no início da Han, os problemas religiosos estavam concentrados nos "Mandamentos do Céu". Existiam, também, seguidores do taoísmo-místico-filosófico que se desenvolvia em regiões separadas, misturando-se aos xamãs e médiuns.
No final da dinastia Han, surgiram grandes movimentos religiosos. Zhang Daoling, declarou haver recebido uma revelação de Lao-Tsé e fundou o movimento Tianshidao (O Caminho dos Mestres Celestiais). Esta revelação pretendia substituir os cultos populares corrompidos. A doutrina transformou-se no credo oficial da dinastia Wei (386-534), sucessora da Han, inaugurando, assim, o "taoísmo religioso" que se espalhou pelo norte da China.
A queda da dinastia oriental Jin (265-316) fez com que muitos refugiados se deslocassem para o sul, levando o Tianshidao. Entre 346 e 370, o profeta Yang Xi ditou revelações outorgadas pelos seres imortais do céu. Seu culto, o Mao Shan, combinava o Tianshidao com as crenças do sul. Outros grupos de aristocratas do sul desenvolveram um sistema que personificava os conceitos taoístas, transformando-os em deuses. No início do século V, este sistema passou a dominar a religião taoísta.
Durante o século VI, com a reunificação da China nas dinastias Sui e Tang, o taoísmo se expandiu por todo o império e passou a conviver com outras religiões, como o budismo e o nestorianismo. O Taoísmo continuou a se desenvolver na dinastia Song, expulsa em 1126. Sob o domínio de dinastias posteriores, a religião taoísta desenvolveu a Doutrina das Três Religiões (Confucionismo, Taoísmo e Budismo).
Com o advento do comunismo na China, o Taoísmo religioso foi vítima de perseguições. Todavia, as tradições foram mantidas na China continental e estão conseguindo ressurgir.
Práticas
O taoísmo religioso considera três categorias de espíritos: deuses, fantasmas e antepassados. Na veneração aos deuses, incluem-se orações e oferendas. Muitas destas práticas originaram-se dos rituais do Tianshidao. O sacerdócio celebrava cerimônias de veneração às divindades locais e aos deuses mais importantes e populares, como Fushoulu e Zao Shen. As cerimônias mais importantes eram celebradas pelos sacerdotes, já os rituais menores eram entregues a cantores locais. O exorcismo e o culto aos antepassados constituíam práticas freqüentes na religião chinesa. O taoísmo religioso tem sua própria tradição de misticismo contemplativo, parte da qual deriva-se das próprias idéias filosóficas.
História
Desde tempos remotos, a religião chinesa consistia na veneração aos deuses liderados por Shang Di ("O Senhor das Alturas"), além de venerações aos antepassados. Entre as famílias importantes da dinastia Chou, este culto era composto de sacrifícios em locais fechados. Durante o período dos Estados Desunidos (entre 403 e 221 a.C.), os estados feudais suspenderam os sacrifícios. Na dinastia Tsin, e no início da Han, os problemas religiosos estavam concentrados nos "Mandamentos do Céu". Existiam, também, seguidores do taoísmo-místico-filosófico que se desenvolvia em regiões separadas, misturando-se aos xamãs e médiuns.
No final da dinastia Han, surgiram grandes movimentos religiosos. Zhang Daoling, declarou haver recebido uma revelação de Lao-Tsé e fundou o movimento Tianshidao (O Caminho dos Mestres Celestiais). Esta revelação pretendia substituir os cultos populares corrompidos. A doutrina transformou-se no credo oficial da dinastia Wei (386-534), sucessora da Han, inaugurando, assim, o "taoísmo religioso" que se espalhou pelo norte da China.
A queda da dinastia oriental Jin (265-316) fez com que muitos refugiados se deslocassem para o sul, levando o Tianshidao. Entre 346 e 370, o profeta Yang Xi ditou revelações outorgadas pelos seres imortais do céu. Seu culto, o Mao Shan, combinava o Tianshidao com as crenças do sul. Outros grupos de aristocratas do sul desenvolveram um sistema que personificava os conceitos taoístas, transformando-os em deuses. No início do século V, este sistema passou a dominar a religião taoísta.
Durante o século VI, com a reunificação da China nas dinastias Sui e Tang, o taoísmo se expandiu por todo o império e passou a conviver com outras religiões, como o budismo e o nestorianismo. O Taoísmo continuou a se desenvolver na dinastia Song, expulsa em 1126. Sob o domínio de dinastias posteriores, a religião taoísta desenvolveu a Doutrina das Três Religiões (Confucionismo, Taoísmo e Budismo).
Com o advento do comunismo na China, o Taoísmo religioso foi vítima de perseguições. Todavia, as tradições foram mantidas na China continental e estão conseguindo ressurgir.
Práticas
O taoísmo religioso considera três categorias de espíritos: deuses, fantasmas e antepassados. Na veneração aos deuses, incluem-se orações e oferendas. Muitas destas práticas originaram-se dos rituais do Tianshidao. O sacerdócio celebrava cerimônias de veneração às divindades locais e aos deuses mais importantes e populares, como Fushoulu e Zao Shen. As cerimônias mais importantes eram celebradas pelos sacerdotes, já os rituais menores eram entregues a cantores locais. O exorcismo e o culto aos antepassados constituíam práticas freqüentes na religião chinesa. O taoísmo religioso tem sua própria tradição de misticismo contemplativo, parte da qual deriva-se das próprias idéias filosóficas.
Espiritismo
Espiritismo
doutrina dos que crêem que podem ser evocados os espíritos
dos mortos.[1]
Em outras acepções, nomeadamente segundo Rivail, dito Allan Kardec (1804-1869),
é compreendido como uma doutrina de cunho filosófico-religioso voltada para o
aperfeiçoamento moral do homem, que acredita na possibilidade de comunicação
com os espíritos através de médiuns.[1][2]Desse modo, o termo pode se referir a:
- Espiritualismo: uma doutrina filosófica que admite a existência do espírito como realidade substancial.[3]
- Doutrina espírita: como codificada pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec).
O termo "kardecista" não costuma ser o usado por parte dos adeptos, que reservam a palavra "espiritismo" apenas para a doutrina tal qual codificada por Kardec, afirmando não haver diferentes vertentes dentro do espiritismo, e denominando correntes diversas de "espiritualistas"[4]. Estes adeptos entendem que o espiritismo, como corpo doutrinário, é um só, o que tornaria redundante o uso do termo "espiritismo kardecista". Assim, ao seguirem os ensinamentos codificados por Allan Kardec nas obras básicas (ainda que com uma tolerância maior ou menor a conceitos que não são estritamente doutrinários, como a apometria), denominam-se simplesmente "espíritas", sem o complemento "kardecista".[4] A própria obra desaprova o emprego de outras expressões como "kardecista", definindo que os ensinamentos codificados, em sua essência, não se ligam à figura única de um homem, como ocorre com o cristianismo ou o budismo, mas a uma coletividade de espíritos que se manifestaram através de diversos médiuns naquele momento histórico, e que se esperava continuassem a comunicar, fazendo com que aquele próprio corpo doutrinário se mantivesse em constante processo evolutivo, o que não se teria verificado, ja que as obras básicas teriam permanecido inalteradas desde então.[carece de fontes] Outra parcela dos adeptos, no entanto, considera o uso do termo "kardecismo" apropriado.[5] O uso deste termo é corroborado por fontes lexicográficas como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa[6], o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa[7], o Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa[8] e o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa.[9]
José Lacerda de Azevedo, médico espírita brasileiro, compreendia o kardecismo como uma "prática ou tentativa de vivência da Doutrina Espírita" criado por brasileiros "permeada de religiosidade, com tendência a se transformar em crença ou seita".[10]
As expressões nasceram da necessidade de alguns em distinguir o "espiritismo" (como originalmente definido por Kardec) dos cultos afro-brasileiros, como a Umbanda. Estes últimos, discriminados e perseguidos em vários momentos da história recente do Brasil, passaram a se auto-intitular espíritas (em determinado momento com o apoio da Federação Espírita Brasileira[11]), num anseio por legitimar e consolidar este movimento religioso, devido à proximidade existente entre certos conceitos e práticas destas doutrinas. Seguidores mais ortodoxos de Kardec, entretanto, não gostaram de ver a sua prática associada aos cultos afro-brasileiros, surgindo assim o termo "espírita kardecista" para distingui-los dos que passaram a ser denominados como "espíritas umbandistas".
Historicamente, na França e no Brasil, existiram e ainda subsistem conflitos entre "kardecistas" e "roustainguistas", consoante a admissão ou não dos postulados da obra "Os Quatro Evangelhos", coordenada por Jean-Baptiste Roustaing, nomeadamente acerca da natureza do corpo de Jesus. Para os chamados "roustainguistas" Jesus teve um "corpo fluídico", de origem material diferente da nossa matéria, já o os ditos "kardecistas" acreditam que Jesus possuia um corpo de origem material, como de qualquer ser humano.
A Fé Bahá'í
A Fé Bahá'í é uma religião monoteísta fundada por Bahá'u'lláh na Pérsia do século XIX que enfatiza a unidade espiritual da humanidade. Trata-se de uma religião independente que possui as suas próprias leis, escrituras sagradas, administração e calendário. Mas não possui dogmas, clero, nem sacerdócio. Estima-se que existam cinco a seis milhões de Bahá'ís espalhados por mais de 200 países e territórios.
Os ensinamentos Bahá'ís atribuem grande importância ao conceito de unidade das religiões. A história religiosa da humanidade é vista como um processo de desenvolvimento gradual, em que surgem diversos Mensageiros Divinos com ensinamentos adequados às necessidades de cada momento e à maturidade de cada povo. Esses mensageiros incluem Krishna, Abraão, Buda, Jesus, Maomé e, mais recentemente, O Báb e Bahá'u'lláh. Segundo os ensinamentos Bahá'ís, a humanidade encontra-se num processo de evolução colectiva a caminho de uma civilização mundial, e as suas necessidade actuais centram-se, essencialmente, no estabelecimento gradual da paz, justiça e unidade a uma escala global.
A palavra Bahá'í pode ser usada para referir a Fé Bahá'í ou os seguidores desta religião. Esta palavra deriva do termo árabe "Bahá" (بهاء) que significa glória ou esplendor.
Em 1844, Siyyid 'Ali-Muhammad (1819-1850), conhecido como o Báb ("A Porta"), proclamou uma nova revelação de Deus, dando origem a Fé Bábí. Além de anunciar ser o Qá'im aguardado pelos muçulmanos, o Báb afirmava que sua principal missão era preparar a vinda de um profeta ou manifestante de Deus . Alguns bahá'ís consideraram Bahá'u'lláh ainda maior que o próprio Báb; porém, ambos são manifestações gêmeas e iguais.
Os Bahá'ís consideram o Báb como o arauto da Fé Bahá'í, pois Ele alude a uma figura Messiânica - "Aquele que Deus tornará Manifesto" - que brevemente se revelaria. Posteriormente, Bahá'u'lláh em 1863, declarou Sua missão, fundando a Fé Bahá'í.
Bahá'u'lláh
Mírzá Husayn' ‘Ali (1817-1892), que se intitulou Bahá'u'lláh (denominação
Árabe que significa Glória de Deus), foi o fundador da Fé Bahá'í.
Bahá'u'lláh proclamou em 1863 ser o Prometido pelo Báb e pelas demais
religiões mundiais. Afirmou ser o portador de uma mensagem divina destinada a
estabelecer a unidade mundial e eliminar os preconceitos
e as divisões. Escreveu epístolas aos principais soberanos da
sua época, exortando-os à paz
e à concórdia. Sofreu aprisionamento, tortura
e exílios
durante 40 anos até ser aprisionado definitivamente em Acre,
na Palestina Otomana (actual Estado de Israel).
´Abdu'l-Bahá'Abbás Effendi (1844-1921), filho mais velho de Bahá'u'lláh, foi designado por seu pai como o centro de Seu Convênio e o intérprete autorizado de Seus ensinamentos, ao qual todos os bahá'ís deveriam se voltar. Ficou conhecido como 'Abdu'l-Bahá ("Servo da Glória"), que por sua vida totalmente devotada ao serviço e à propagação da Causa, os bahá'ís o consideram como o exemplo perfeito ao qual todos os seres humanos devem se espelhar. Ensinou a fé de Bahá'u'lláh para diversos países do oriente e ocidente, deu palestras e explicações a eminentes pesquisadores e filósofos, discursou em Londres, na Universidade de Stanford, Califórnia, no Templo Emmanuel, São Francisco.
Princípios
Todos os ensinamentos bahá'ís giram ao redor de três alicerces principais: a unidade de Deus, unidade de Seus Profetas, unidade da humanidade.
Um só Deus
Os Bahá'ís acreditam na existência de um único Deus, o criador de todas as coisas. A existência de Deus é considerada eterna, não tendo começo ou fim. Segundo os ensinamentos Bahá'ís, Deus é inacessível e incognoscível, mas tem consciência de Sua criação, tem uma vontade e propósito. Os ensinamentos Bahá'ís também declaram que Deus não pode ser compreendido pela mente humana.
Os Bahá'ís acreditam que Deus expressa Sua vontade através de uma série de mensageiros divinos referidos por Manifestantes de Deus ou Profetas. Esses Manifestantes estabelecem as bases das grandes religiões mundiais, e os seus ensinamentos são uma forma de Deus educar a humanidade.
Nas Escrituras Bahá'ís, Deus é frequentemente referido por títulos, como "Todo-Poderoso", "Onisciente", "Suprema Sabedoria", "Aquele que subsiste por si próprio".
Uma só Religião
Símbolo de várias religiões no pilar da Casa de Adoração Bahá'í
em Wilmette, EUA
A
despeito de constantes conflitos que há séculos envolvem as religiões na visão
de inúmeros expositores, os bahá'ís se apoiam nos próprios ensinamentos dessas
religiões para enfatizar que todas as religiões, ao contrário, ensinam o amor e
a unidade - sendo a intolerância e o fanatismo origem de tais conflitos.[2] É
proibido o fanatismo na Fé Bahá'í, o que consistiria em se fechar a dogmas que
muitas vezes podem ser mal-interpretados. A luz do princípio de que todas as
religiões provém de Deus, os homens podem procurar compreender e desta forma
eliminar os preconceitos religiosos.
Ó vós que habitais a terra! A religião de Deus visa o amor e
união; não a torneis causa de inimizade e conflito... Nutrimos a esperança de
que o povo de Bahá possa ser guiado pelas palavras abençoadas: "Vede!
Todas as coisas são de Deus!" Esta excelsa afirmação é como água para
extinguir o fogo do ódio e da inimizade latente dentro dos corações e peitos
dos homens.. Ele, deveras, diz a verdade e mostra o caminho. Ele é o
Todo-Poderoso, o Excelso, o Benévolo. [3]
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Sobre a mudança entre as Leis e Ensinamentos de cada Manifestante, Bahá'u'lláh diz:
Ó povo! As palavras são reveladas segundo a capacidade, de modo
que os principiantes possam fazer progresso. O leite deve ser dado segunda a
medida, a fim de que a criancinha deste mundo, possa entrar no Reino da
Grandeza e estabelecer-se na Corte da Unidade.
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Um só Mundo
Os Bahá'ís acreditam que o ser humano possui uma "alma racional", na qual provê à espécie uma capacidade única de reconhecer a Deus e a relação da humanidade com seu criador. Todo ser humano é considerado possuidor do dever de reconhecer a Deus através de seus Mensageiros e de Seus ensinamentos. Através do reconhecimento e obediência, serviço à humanidade e práticas espirituais, os Bahá'ís acreditam que a alma pode se aproximar de Deus. Quando um ser humano morre, a alma continua existindo no mundo espiritual próximo ou distante de Deus, descreve a relação entre este mundo e o próximo, não sendo nenhum lugar físico, nem a sujeição a recompensas ou punições.Os Escritos Bahá'ís enfatizam a igualdade essencial do ser humano e a abolição de todos os tipos de preconceito. A humanidade é considerada essencialmente uma, embora diversificada; esta diversidade de raça e cultura é considerada merecedora de apreciação e tolerância. Doutrinas de racismo, nacionalismo, castas, e classes sociais são impedimentos artificiais da unidade.[4] Os ensinamentos Bahá'ís declaram que a unificação da humanidade deve ser assunto principal sobre as condições religiosas e políticas no tempo presente.
Diz o Grande Ser: Ó bem-amados! Ergueu-se o tabernáculo da
unidade; não vos considereis uns aos outros como estranhos. Sois os frutos de
uma só árvore e as folhas do mesmo ramo.
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Não se vanglorie o Homem em amar a sua pátria, antes tenha ele
glória em amar a sua espécie. A terra é um só país e os seres humanos são
seus cidadãos.[5]
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Ensinamentos
Princípios sociais
Os bahá'ís trabalham para a restauração da vitalidade espiritual da humanidade como um todo através de educação e da conscientização de que o ser humano é um ser espiritual. Os princípios seguintes são frequentemente listados para uma concepção abrangente dos ensinamentos bahá'ís. São derivados das palestras e discursos de `Abdu'l-Bahá quando passou pela Europa e América do Norte. Não sendo estes princípios, portanto, limitados ou definitivos, mas uma breve visualização dos fundamentos da Fé Bahá'í.
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Unidade de Deus - A Fé Bahá'í
é monoteísta.
Só existe um único e verdadeiro Deus, embora adorado com diferentes nomes
durante a história da revelação.
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Unidade da religiões - Na
compreensão bahá'í, religião é uma palavra sem plural. Aceitar Baha'u'llah sem
aceitar todos os que o precederam, Jesus, Buda, Moisés, etc.. seria
contraditório e incoerente.
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Unidade da humanidade - A Fé Bahá'í
é pelo fim de todo e qualquer tipo de preconceito. Isso inclui a extirpação da
discriminação racial, da desigualdade entre os gêneros e mesmo quanto ao estilo
de vida de cada um. Ainda que se discorde das opções, deve-se cultivar um
profundo amor por todo ser humano.
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Unidade social - O Projeto
Bahá'í de mundo inclui o fim dos extremos de riqueza e pobreza e o
estabelecimento da paz entre as nações, incluindo a adoção de uma língua
auxiliar comum a todos os países. Também é importante a obediência ao governo e
o não envolvimento nos jogos de poder dos partidos políticos.
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Unidade do conhecimento - Os Bahá'ís
estimulam a livre busca pela verdade, jamais controlada por clérigos ou
qualquer poder moderador. Defendem ainda a harmonia entre ciência e religião e
uma educação universal, de qualidade e gratuita em todo o mundo.
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